Nossa estada em Córdoba foi muito intensa, o que imaginávamos que seria apenas uma rota de passagem acabou se tornando um ponto de grande proveito para recolhimento de material para o Soylocoporti. Conhecemos muitas pessoas e tivemos muitas experiencias novas que em parte consolidaram minha visao da Argentina e por outro ado mostraram-me diferencas regionais que caracterizam esta que é a segunda maior cidade desse país, conforme muito que já havia lido em livros e revistas em relacao as disparidades regionais presentes na Argentina.
Também pudemos conhecer muito do lugar em que Ernesto “Che” Guevara viveu sua infancia, inclusive estive na rua em que ele viveu 12 anos e percebi como seu legado continua vivo no ideário deste povo, para se ter uma idéia tem um empresa de onibus aqui que tem a rosto do Che caracterizada em toda a sua frota. Visitamos a casa do argentino Hector Celano e de mulher, a cubana Norma Ortega, pessoas que viveram e presenciaram de perto a revolucao cubana e ate hoje lutam por um ideal socialista na sociedade, a casa deles fica logo em frente a uma das casas em que Che viveu sua infancia, e que hoje foi transformada em um misto de um pequeno museu revolucionário e um café para que os dois passam receber amigos e contar um pouco de suas experiencias de vida, tudo isso em um incrível ambiente familiar que acabaram nos rendendo exelentes entrevistas.
Ainda nesse dia, voltando ao centro de Córdoba tivemos a oportunidade de tomar uma cerveja com Juan Ferrero um senhor de 69 anos, primo de Chichina Ferrero a ex noiva de Che que foi muito retratada no filme “Diários de Motocicleta” quanto a isso ele comenta: “Mi prima todavia no era tan hermosa como en la película”, ele também nos contou como sua família mandava dinheiro à Cuba para financiar a revolucao de Fidel e Che e como o noivado de Chichina e Che foi rompido.
Saímos de Córdoba ontem pela tarde em direcao a Jesus Maria pois lá é a saída de caminhoes que vao para o Norte do pais, eu acabei por conseguindo uma carona sozinho com um casal que viajava para passar o fim de semana em Termas de Rio Hondo, desde entao nao tive mais noticias de meus companheiros de viajem, agora viajo sozinho e tento uma carona que me leve a Salta.
De agora em diante a influencia aborígene vai ficando cada vez mais forte na medida que seguimos para o Norte, espero entrar na Bolívia ainda esse final de semana.