Fazer Greve é um direito constitucional, mas estamos a ponto de perdê-lo.
Os últimos acontecimentos políticos, fizeram a sociedade civil se voltar para a importância de sua participação política e social no dia-a-dia do País. As formas de manipulação e privilégios dado às classes mais altas (que detém o poder político no País) em detrimento dos trabalhadores não podem mais ser deixados de lado e diversos setores se mobilizam para garantir seus direitos.
Em meio a tantas políticas que visam retirar direitos historicamente adquiridos, não restam alternativas a não ser parar e chamar a atenção da sociedade para tudo o que está ocorrendo. Mobilizando e pressionando por mudanças, sem perder direitos. A FASUBRA (Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras) aprovou recentemente o indicativo de Greve Nacional, onde 34 Federais já estão paralisadas.
E aqui na UFPR não estamos em situação diferente, os técnicos aderiram à luta e reivindicam seus direitos. Na última quinta-feira, em Assembléia Geral o SINDITEST-PR aprovou a GREVE da categoria, iniciada nesta segunda-feira. O DCE-UFPR esteve presente e consideramos legítimas as reivindicações.
Sabemos da dificuldade de implementar uma greve, tanto quanto das dificuldades dos estudantes neste momento, pela falta do RU e outros serviços essenciais para o funcionamento pleno da UFPR. Julgamos benéfica essa mobilização, e por isso nos posicionamos favoráveis a paralização e contamos com o apoio dos estudantes, mobilização e participação de todos, para que esta alcance o mais rápido possível seus objetivos.
• Em defesa do Direito de Greve. A proposta encaminhada pela Casa Civil coloca como condicionante a presença de 2/3 da categoria numa assembléia. Deste modo torna-se inviável qualquer decisão futura sobre greve em qualquer categoria. É importante salientar que a perda deste direito causará prejuízo para a sociedade trabalhadora no futuro.
• Contra a desvinculação dos HUs das Universidades. Esta transformação acabaria com o caráter do ensino-pesquisa-extensão, perdendo a função social da Universidade neste segmento, além de desobrigar o Estado do seu financiamento e transferindo esta responsabilidade para as Fundações.
• Pela Retirada do PLP01/2007: que limita o aumento dos gastos com funciona-lismo público em 1,5% ao ano, até 2016. Isso significa que nos próximos 10 anos, não haveria aumentos salariais nem concursos públicos.
• Pagamento da insalubridade. Muitos dos técnicos trabalham em condições de insalubridade, conforme definido pelo Ministério do Trabalho. Porém não recebem o adicional deste tipo serviço.
• Pela Resolução dos impasses do Plano de Carreira. Resolução dos problemas como a questão dos aposentados, técnicos de ensino superior etc.
• Paridade nos Conselhos Superiores. Uma Bandeira conhecida dos estudantes que se UNE às reinvidicações dos técnicos. Hoje, por lei Federal, 70% da represen-tação nos Conselhos Superiores são de professores, 15% são de estudantes. E na UFPR os técnicos possuem apenas 6% de participação. Entendemos que é imprescindível para a consolidação da democracia nas universidades a paridade em todos os Conselhos.